A AFIADEIRA E O LÁPIS
– Olá! – Disse o lápis.
– Olá, estás bom? – Perguntou a afiadeira.
– Sim, e tu? – Disse o lápis.
– Sim, tu estás grande. – Disse a afiadeira.
– Ó, eu sei. – Disse o lápis.
– Agora vais ficar pequeno, porque eu te vou afiar. – Disse a afiadeira.
– Não, não! – pediu o lápis.
– Agora já estás pequeno, e eu fiquei de barriga cheia! – Disse a afiadeira.
– Detesto os lápis. – Disse o lápis.
– Porquê? – Perguntou a afiadeira.
– Porque nascem grandes e morrem pequenos. – Disse o lápis.
– Eu adoro lápis! – Disse a afiadeira.
– Porque razão? – Perguntou o lápis.
– Porque sou eu que os faço ficar velhos e pequenos, e assim eles morrem! – disse a afiadeira.
– Olha que quase me ias matando, por sorte não morri, mas estou quase a morrer. -disse o lápis.
– Ó, a tua sorte é que não me apetece matar-te, sabias? – Disse a afiadeira.
– Ainda bem, porque a mim também não me apetece morrer. – Disse o lápis.
– Porque é que nós estamos a conversar? – Perguntou a afiadeira.
– Não sei, mas também gostava de saber. – Disse o lápis.
– Olha, eu vou ter de ir afiar outros lápis, sabias? – disse a afiadeira.
– Por acaso não sabia, pensava que só me afiavas a mim. – disse o lápis.
– Então t-chau. – disse a afiadeira.
– T-chau, também para ti. – disse o lápis.
Teresinha – 4.º ano
O relógio e a parede
- Queres ouvir uma piada? -disse a parede.
- E tu queres ouvir uma piada? - disse o relógio.
- Tu primeiro. - disse a parede.
- Não, tu!
- Não, tu!
- Ok, eu começo! – disse a parede.
- O que diz uma parede para outra?
- Não sei, diz lá.
- Encontramo-nos à esquina! – disse a parede.
- Ah, ah, ah, ah, ah, ah, ah, ah, disseram todos.
- Agora tu !- disse a parede.
- Ok, aí vai! – disse o relógio.
- Como é que fazes o tempo voar? Perguntou o relógio.
- Não sei! – disse a parede.
- Mandando-me pela janela! – disse o relógio.
- Ah, ah, ah, ah, ah, ah, ah, ah, disseram todos.
- Porque tens cara de mau? Perguntou o relógio.
- Porque vou-te mandar pela janela fora.
- Ah, ah, ah, ah, ah, ah - disse o relógio
- Ah, ah, ah, ah, ah, ah – disse a parede.
- Agora é que vai ser, ah, ah, ah, ah – disse a parede.
- Ah, ah, eu não quero morrer sou muito novo para morrer por favor, por favor, por favor eu não quero morrer! – disse o relógio.
- Estou a brincar, achas que te vou matar?
Nuno - 4.º ano